Nestas pedras corroídas... Chorei, cantei, dansei...
Elas recordam o riso e as lágrimas de quem amei...
Vida após vida, elas foram o Testemunho Vivo
De batalhas sofridas e de rituais curativos,
De sangue derramado e de beijos roubados,
De amores encantados e de corpos assombrados...
Foram Palco do Teatro Humano em todo o seu esplendor,
Peças vividas intensamente onde o Amor e a Dor
Se uniram numa dança orquestrada pela Melodia
De Almas corajosas que encarnaram à Luz do Dia...
Ana Bela
Mon nouveau poème, cette fois-ci en français.
Je n' avais maintenant que le Ciel infini et les Étoiles comme toit,
La Terre mouillée comme Socle qui me soutenait de tout son poids,
L' Aube pourpre qui s' étirait à perte de vue sur mes jours éthérés
Et le Crépuscule doré comme toile de fond de mes nuits agitées...
Je franchissais d' un pas vif le Seuil lumineux de l' Horizon diaphane
Portée par les lueurs dansantes et les rituels des chamanes...
La Terre explosait de mil feux sous mes yeux entrouverts,
Projetée sur les miroirs cristallins des vagues de la Mer...
J' appréhendais la Beauté au-delà des vertiges sulfureux de ce Monde,
Un monde qui ne se nourrissait plus que d' illusions moribondes...
Derramo no meu corpo as tuas mágoas ao vento,
Soprando nos teus cabelos a força do meu alento...
As tuas lágrimas escorrem nos sulcos da minha pele,
Mar Teu que corre sem rumo em mim... Que expele
A tua tristeza à margem do pôr do sol da tua Alma...
No horizonte cinzelado das tuas paixões, a chuva acalma
As tuas Feridas esculpidas no Templo do teu Coração.
Nele entro silenciosa, descalça, envolta em tua Escuridão,
A minha mão deslizando nas pedras erodidas da tua prisão,
Derrubando os muros em ruínas do teu último bastião...💖
